
Choveu tanto ontem.
Todas as janelas fechadas
E o teu nome passeando
Num lembrete do Sol que virá!…
As palavras mudas,
Escondidas no clarão que transcende a janela;
Algumas guardadas nas gavetas da memória;
Abertas e em desordem na prioridade do agora.
E o silêncio me acariciava
Na companhia meditativa
De o meu todo Ser…
A paz me absorvia
Numa ausência a
Respiração presente.
A chuva – música para meus ouvidos,
E o Sol, uma vaga lembrança
Adiada na dobra do dia seguinte…
A chuva ilumina por dentro,
Silenciando a sonoridade do Sol.
Pingos na minha janela,
Cristalizando a melodia da minha paz…
Deixo a janela aberta
E os pingos de cristais tocam
A escala da imprevisibilidade.
Todos os acasos se encontram.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)