Sem Voo…

Tem dias que tudo
fica no oco do vazio.

Palavras se desintegram
e o olhar não viaja
pela beleza.

A poesia se quer crua
na lucidez de uma realidade limitante.

Verbos como navalha a cortar
a mortalha da nostalgia;
uma lembrança qualquer no terreno
da infância repleta de risos
que restabeleça o voo da fantasia…

O som colhido pela memória…
A voz da minha avó
a me dizer:
“Tu sabes voar, minha bonequinha?”

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