O Sopro Frágil nas Estações

Estrada, Floresta, Cair, Caminho, Trilha, Arvores

Nesta tarde de domingo, lentamente o sol deixa de reinar. Ficam as sombras nostálgicas acionando os vazios; não só meus, os vazios do mundo que marca dezembro, como fim de um ano que correu registrando tantas mortes dos instantes, retirados dos sonhos possíveis da primavera.

Uma primavera cerzida do amarelado queimado do outono da alma.

As dores costuraram a jornada das horas no corredor imenso da lucidez das noites claras de inverno, em que as lágrimas colocaram-se em fileira como pingos da pontuação das palavras por dentro.

Não sinto o verão de um sol de desejos, mas uma chuva morna num caminhar de sentires.  Uma tímida tristeza, brotada numa felicidade frágil que adorna o sopro da vida.

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados).

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