Pingos de letras na formação do universo do som… Cada suspiro, uma vírgula de emoção travada na linha das mãos. As palavras são universos próprios de signos a ser decifrado.
Como a chuva, cristais que evaporam no sopro do sol ao vento, as palavras emudecem no silêncio, a esvaziar as horas sem espelho.
O silêncio, a roupa que guarda na pele da alma, o significado essencial das horas…
Esta chuva de equívocos a engolir a palavra a seco, na distorção dos olhos que não sentem. Os olhos que sentem não se enganam com os atalhos do cérebro maquiavelista. Quem é, tem a nudez da alma nos olhos, a registrar a essencialidade da vida!
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Christian Schloe.