Um Voo sem Ruflar de Asas

Na pele, onde a minha alma soprada,

Marcas invisíveis delimitam a minha essência floral.

Na sombra destas marcas existem dores guardadas

No puro cristal da minha fragilidade.

Nesta solidão tão minha,

Aveludada em minha singularidade,

As palavras são mudas em notas de Noturno.

Somente quando voo

Sem ruflar de asas,

Escrevo o meu verbo, eu sou

No substantivo

Da liberdade.

E sei que nada de mim

É para sempre,

Mas quero a minha

Passagem bem leve,

Um voo sem ruflar de asas

No anonimato do mundo.

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Imagem: Obra de Lidia Wylangowska.

Este post tem 4 comentários

  1. Jorge Moura

    Este poema é ímpar, rico nas
    belas metáforas e profundidade
    existencial.
    Totalmente encantado com a
    sua arte poética, Suzete Brainer.

    Jorge.

    1. Suzete Brainer

      Muito obrigada pela sua gentileza de comentar.
      Volte sempre, Jorge!

      Abraço de paz

      Suzete Brainer.

  2. Júlia Souza

    Que poema lindo!!!
    Suzete, eu gosto tanto
    da sua poesia.
    Estou aguardando o seu
    livro de poesia que eu comprei.
    Bjs
    Júlia

    1. Suzete Brainer

      Muito grata, Júlia.
      Fico muito tocada que você goste da minha poesia
      e tenha comprado o meu livro. A poesia é uma arte
      única, mas tão pouco entendida, valorizada,
      infelizmente.

      Volte sempre, viu?!

      Abraço de paz

      Suzete Brainer.

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