
Cansei.
Há o silêncio sobrevoando,
à espera de afastar a fera de luzes ardidas.
Buzinas saltitantes de mãos ansiosas no volante.
Distante,
a consciência aguarda a vaga
Luz,
que todos somos importantes:
na vista
na pista
na vida
na fila
dos instantes da imprescindível
igualdade do que somos.
A máquina é conduzida
acelerando a desprezível gentileza
pelo incômodo ao lado
( pela apropriação indébita do espaço);
nesta selva urbana,
em que se distribuem senhas
das condutas irascíveis humanas.
Quero,
descalça,
sentir a areia
aprofundando os meus pés livres,
neste pequeno sonho de liberdade!
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Inna Tsukakhina.
Que poema magnífico, Suzete Brainer!!
Desejo sinceramente que o seu estilo
poético sofisticado e belíssimo seja
conhecido por àqueles que gostam da
arte da poesia.
Jorge.
Valoroso e generoso o seu comentário, Jorge Moura.
Muito obrigada!!
Abraço de paz!
Suzete Brainer.