O Poder do Silêncio na Meditação

Yoga, Buda, Divindade, Shiva, Água

Buda disse: “Seja sua própria luz.”

Não existe imagem mais metafórica do que o silêncio, dentro do processo da meditação. O silêncio é o campo fértil para o meditador. Através dele, a nossa casa interior se apresenta como meio mais eficaz de se manter a consciência desperta e vencer o barulho insuportável dos pensamentos. Com o silêncio, você aprende que cada pensamento corre no curso próprio, e pode ser diluído pelo desapego, e a focalização na respiração – bússola guia – que mantém a pacificação dos estados físico, mental, emocional e energético do indivíduo, durante a experiência meditativa .

“Nas antigas instruções de meditação dizia-se que de início os pensamentos chegarão um sobre o outro, ininterruptos, como uma cascata na montanha escarpada. Aos poucos, à medida que se aperfeiçoa a meditação, eles se tornam como a água numa garganta estreita, depois como um grande rio correndo vagaroso para o mar, e por fim a mente se torna um oceano plácido e imóvel, agitado apenas pelo marulho ou onda ocasional.” (O Livro Tibetano do Viver e do Morrer de Sogyal Rinpoche).

É grande a importância do silêncio que gera a introspecção profunda e a solidão, tão necessárias a quem determina obter os benefícios da meditação. Com a consciência, percebemos a necessidade de construir um hábito diário de recolhimento, silenciar diante deste mundo frenético de sons, barulhos, agitação. Pode-se optar pelo o silêncio interior também, mesmo que o contato com os barulhos internos estejam presentes. Isto promove uma desaceleração, uma limpeza mental, também. O efeito da meditação gera mudança vibracional, suaviza o ritmo da respiração, diminui as frequências cardíaca, aprofunda a percepção e atenção para sentir a calma e a paz interior.

O caminho da paz na meditação acontece no silêncio profundo, surfando sobre as ondas mentais. E, no reencontro com a sua essência, a sua luz se manifesta.

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados).

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