Malu tinha em seus pensamentos a mágica do transporte; não perdia tempo com a realidade limitante entre os espaços das ideias e ações. Voltava sempre para o seu jardim colorido, com borboletas que tocavam a sua alma. Todas as recordações corriam pelos seus olhos num espaço do sentir; a viagem acontecia na delicadeza do toque precioso do agora!
Afinal, pensava: a vida é uma viagem com a data da volta desconhecida para o viajante. O essencial é saber que a viagem é quase um milagre de partículas de luz, num corpo de uma borboleta em pleno voo…
Malu aguardou o silêncio enquanto voava na respiração da sua meditação. Sentiu que na viagem, inspirar e expirar levam à respiração completa o combustível do pensamento. Podemos, com o pensamento, voar com toda plenitude.
Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)
Imagem: Obra de Alexandrina Karadjova.