O Essencial

Sombra
distante,
cortinas que se fecham.
Transparências falsas.
Desejos.

No escuro,
perto,
rostos se desfazem
assumindo assombrações,
em pequenas
doses de venenos.
Atos mesquinhos,
estranhos,
preenchendo a cena,
somente cena
e nada mais!

Prefiro a vida:
A natureza com
a sua janela aberta
para o infinito…

E nesse todo,
o nada assume
o invisível.
As coisas
insignificantes
desintegram-se
na urgência
do essencial
.

Suzete Brainer (Direitos autorais registrados)

Este post tem um comentário

  1. Jorge Moura

    Que poema sofisticado, profundo e
    tão belo.
    A sua poesia é grande, Suzete!
    Pena que a poesia seja uma arte
    tão pouco valorizada e assimilada, pois
    necessita de sensibilidade, inteligência
    e profundidade para isso, qualidades
    raras nesta sociedade fútil de
    consumo.

    Jorge.

Deixe um comentário