O Corpo da Poesia

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Todos os silêncios cantam

A paz escolhida,

À recusa da fera

De briga inútil.


Silencio até

Ficar muda,

Afastando os barulhos

Que arranham a alma,

Sem dó e piedade.


A serenidade é

Um trabalho árduo

Da arte de dizer

Não

Para violência.


E neste recolhimento

Profundo,

Escuto a poesia

No corpo da minha alma,

Vestindo a minha respiração

Dos dias…





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Imagem: Obra de Vicente Romero Redondo.